#1 - Obrigada, fracasso!

A vida não te odeia. Ela te ama.

Bom, essa é a minha primeira newsletter da vida. Um momento marcante em que me desafio, mais uma vez, a começar algo. Escrever é natural para mim, não me desafia. Agora, será que alguém irá ler? Será que irão se inscrever? O que irão achar? Essas são as indagações típicas de insegurança que dominam nossa mente ao fazer algo novo. Alguém realmente se importa?

Aprendi com o tempo a colocar o pé primeiro onde não existe chão. Colocar o pé, nesse caso, significa seguir um impulso interno de que algo deve ser feito, pois faz sentido dentro de um universo interior chamado propósito. Quando seguimos esses impulsos, tudo colabora para que chegue aonde precisa chegar, para que se concretize o que precisa se materializar. E, no caso em questão, para que você, leitor, leia esse texto. Nada é por acaso. Você está aqui, nesse momento, lendo o que o universo genuinamente armou para que chegasse até você. E espero contribuir para que a sua jornada pesada seja muito mais leve. 

O começo de tudo é sempre esquisito. Começo de namoro, começo de negócios, começo de um novo hobby. Quando comecei a andar de moto, foi o caos. “Quanta humilhação!” pensava eu, a cada tombo. Esses dias, inventei de fazer ravioli. Tudo estava indo bem, até ir mal. Depois de escorrer a massa, enquanto fazia o molho de gorgonzola, aconteceu o que eu mais temia: sim… grudou tudo! Vi diante de mim um grande bloco de ravioli. Desacreditada, em completo estado de negação, tentei ignorar e separar um por um. Não deu certo, começaram a desmanchar. Fiquei frustrada. Estavam lindos e saborosos, porém, a união venceu. Coloquei todos unidos em uma travessa, taquei molho com ódio por cima e me servi, cortando-os como uma lasanha. 

Enquanto comia decepcionada, recordava que o começo de tudo é totalmente incerto. Pode dar certo, pode dar errado. Pode ser bom, pode ser ruim. No entanto, eu tinha uma grande certeza: tudo tem uma razão de ser. Se tivesse acertado de primeira, eu não teria pesquisado dezenas de vídeos sobre massa e descoberto os grandes segredos para não grudar ravioli, spaguetti, penne, fettuccine. Tornei-me uma grande cozinheira amadora de macarrão. Tudo graças ao fracasso. 

Em sua vida, talvez você esteja diante de uma grande mudança, ou do começo de algo novo, como eu estou aqui nessa newsletter. Geralmente, esses movimentos vêm acompanhados de ansiedade, justamente por não sabermos exatamente o que irá acontecer. Quero reforçar: pode ser bom e pode ser ruim. E se for ruim, dê o seu melhor para transformar em bom. 

A vida não te odeia, pelo contrário. Ela te ama. Tudo ocorre como um chamado ao aprendizado e à evolução. Somos preguiçosos por natureza, jamais evoluiríamos no comodismo. Os acontecimentos ruins não são punição, são convites. A vida está a todo momento te convidando a seguir um caminho de progresso, e, quem tem olhos de ver, consegue aproveitar. 

E como aproveitar? A única maneira que encontrei ao longo dos meus tombos foi usando algo raro entre os seres humanos - a humildade. Largar o orgulho e assumir “Tá bom, eu sou ruim. Que que eu faço?” pode te salvar da ansiedade. Procurar ajuda e conhecimentos de pessoas experientes pode ser cruel para o orgulhoso. Eu garanto que se você se deixar levar pela humildade, irá encontrar uma nova dimensão de vida. Portas irão se abrir, paisagens maravilhosas estarão diante de você. Assumir que existem jeitos mais eficazes de se concretizar algo e que você ainda não os conhece é libertador.

Diante de tudo isso, quero te dizer que eu me considero uma experiente em perrengue. E por isso te convido à acompanhar essa newsletter. Passei por muita coisa na vida, que não cabe explicar aqui agora, mas já podendo adiantar: cuidei da minha avó com Alzheimer até ela falecer, entrei para o empreendedorismo sem nenhuma ajuda e nenhum conhecimento, tive 2 Burnouts, acompanhada por psiquiatras diversos (e mudei de carreira na esperança de ser feliz). Além disso, uma separação e agora minha mãe está no 3º câncer, a quem acompanho de perto desde o 1º. Bônus: meu carro, esse mês, do absoluto nada, deu PT. Sem colisão.

Nunca abaixei a cabeça para o mal. Sabia que a vida me amava, Deus me amava e que tudo estava me moldando. Aproveitei da melhor forma todos esses convites que vivi ao longo dos últimos anos e quero compartilhar mais meus aprendizados sobre a vida com você. 

Portanto, não coloque pesos excessivos nos seus começos. Lembre-se: a vida não te odeia. A vida te ama. A todo momento somos convidados a enxergar as oportunidades. Espero do fundo do coração que você comece sendo mais leve com você. Enxergue quais são os convites que estão sendo feitos a você. Nada é em vão. O que chega para você já tinha endereço marcado. O que você está fazendo diante das situações que estão prestes a te transformar?

Aprenda com os tombos da vida e agradeça pelos fracassos. Eles nos guiam para a leveza, cedo ou tarde. Por bem ou por mal. Por livre e espontânea vontade ou te empurrando do penhasco. Obrigada, fracasso!

Eu te aguardo nas próximas edições semanais. Clique abaixo e inscreva-se! Até o futuro!

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