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# 3 - O Amor e a Cachoeira
Quem se arrepende de amar, não amou verdadeiramente.

Absorvendo os ensinamentos de uma cachoeira da Chapada dos Veadeiros - GO
O amor tornou-se objeto de barganha. O que fizeram com o amor? Aprisionado, não consegue se libertar do egoísmo que o cercou. Fechado para tudo e todos, não perfuma sua essência pelos ares.
O amor é como uma cachoeira, que jorra sua matéria-prima sem cessar. Não há como pará-la. É poderosa, tem força própria, capaz de arrancar tudo que atrapalhe seu fluxo pela frente. Amor não se mede, nem se negocia. Amor se doa, como o infinito fluxo das águas.
Incansavelmente, tentam impor regras sobre o sentimento mais puro que se pode experienciar. Nessa vida, foi-te entregue a forma mais sublime de existir: amando. Por que destruir isso? Por que descartar esse presente?
A vida sem o amor é sombria, sem luz. É densa, sem leveza. É um fardo, sem necessidade.
Amar é da natureza da alma. Algo que grita por dentro, querendo cumprir sua funcionalidade. Uma alma aprisionada, hora ou outra, irá se rebelar. Por não poder ser quem realmente é, revolta-se contra a racionalidade do cérebro pensante tomado de orgulho.
A rebeldia da alma pode ser poderosa. E se muito for, entrega-se à tristeza. Nada se pode fazer com uma alma que perdeu sua função principal.
Como ensinado por Cristo, amar a Deus é o primeiro mandamento, e eis o segundo: amar ao próximo como a si mesmo. O primeiro e maior mandamento ensina o humano a amar para fora, não para dentro. Amar algo acima de si mesmo, demonstrando sua pequenez de criatura, fruto do Criador.
Em posterior, amar novamente algo externo foi colocado como prioridade na fala do sábio Jesus. Só após compreender que amar é uma entrega de um sentimento interior que se expande a tudo e todos é que alguém conseguirá sentir amor por si mesmo. Aí está a maior armadilha da vida.
Amar primeiro, sem medidas, para sentir o verdadeiro amor próprio.
Uma alma que não ama, não consegue se amar.
Orgulhoso que é, o homem coloca-se em primeiro lugar, invertendo a ordem que lhe fora transmitida, há mais de 2 mil anos, como precioso ensinamento, ainda incompreendido.
Com o tempo, passará a entender que a sequência do amor segue uma forma lógica, impossível de ser distorcida, devido à natureza original da Criação.
Amar é o verdadeiro sentido da vida. Vive-se para aprender o que de fato são os primeiros mandamentos superiores. Nem todas as pessoas serão capazes de libertar suas almas da prisão do egoísmo, a chaga da humanidade.
Tenta-se sem cessar consertar os corações aflitos e rígidos. Experiências diversas te são colocadas à prova para que possa retornar ao caminho original. Se não ama verdadeiramente, encontrará pessoas que te retribuem a falta da emoção. São instrumentos divinos que corrigem seu caminho. Fugir da essência te aniquilará por dentro, ainda que por fora disfarces com falsos sorrisos.
Reconhecerás que te falta sempre algo, como um vazio existencial. Um local íntimo que não é preenchido com nada, além do sublime sentimento.
Até as mais dolorosas feridas preenchem mais que um enorme buraco vazio de amor.
Tens a oportunidade de corrigir sua conduta, e aproveitar a atual existência de forma plena, como o Criador planejou. A vitória é certa para aqueles que confiam na originalidade de tudo.
Ame, doe-se, desapegue de medidas.
Entregue-se intensamente à vida.
Ame sua existência, a natureza, as bênçãos e os aprendizados.
Ame pessoas, sem barganhas.
Não negocie seu bem mais precioso, pois não há valores que retribuam o verdadeiro amor doado.
Ninguém nunca poderá te dar em troca algo que supere sua capacidade de entregar amor.
Doe sem contar.
Ame sem cobrar.
Perdoe sem negociar.
Ajude sem humilhar.
Faça sem se queixar.
Ampare sem sermão.
Escute sem pressa.
A melhor forma de se viver é soltando o fluxo constante do amor, assim como fazem as cachoeiras.
O que achou do texto de hoje? Conte-me no insta @patycariello. Vou adorar saber a sua opinião. Até lá!
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